domingo, 3 de fevereiro de 2013

Flauta Tripla

Flauta Tripla
      Utilizando tubos e conecxões de PVC, fiz uma flauta tripla...


   Consiste basicamente de três flautas "whistle" (flauta tradicional dos países Celtas), tocadas ao mesmo tempo...


   As três flautas estão precisamente afinadas em Dó (C4) ligadas entre si por conecxões...


  Quando assoprada o ar se distribui para as três flautas...


  Aflauta do meio fica responsável pela melodia, em quanto as outras pela harmonia, pode-se também manter a mão esquerda digitando na flauta do meio (três furos superiores) e a mão direita digitando nos três furos da flauta da direita, tocando em intervalos harmônicos.



     Também coloquei registros nas flautas laterais, para tocar solo ou fazer combinações, a pombinha comprei em uma loja de artesanato.

     O resultado sonoro é um convite à PAZ...



                                   Esta postagem é em homenagem à DANIEL BARENBOIM.
       
Maestro Daniel Barenboim

   Junto a Edward Said e Bernd Kaufmann, Daniel Barenboim formou  a West-Eastern Divan Orchestra, formada por jovens de diversos países do Oriente Médio , com o objetivo de promover a paz e o diálogo entre Judeus e Árabes.
   Em 2004 Daniel recebeu em Israel o premio Ricardo Wolf pela sua atuação em favor aos direitos humanos e a paz mundial.


      Em seu discurso na entrega da premiação (que fez questão de doar o dinheiro aos projetos de educação musical de Israel e Ramallah) dentro do parlamento Israelense, não agradou nada aos ouvidos da ministra da cultura e dos deputados do partido conservador, porem aplaudido pelos demais representantes do povo.

    Segue abaixo seu sensato e provocador discurso...

  ” Queria expressar a minha profunda gratidão à Fundação Wolf pela grande honra que hoje me está concedendo. Este reconhecimento é não só uma honra, mas também uma fonte de inspiração para minha atividade criativa adicional.

  Foi em 1952, quatro anos depois da declaração da independência de Israel e sendo um garoto de dez anos que, junto com meus pais, cheguei a Israel vindo da Argentina. A declaração da independência foi uma fonte de inspiração para crer naqueles ideais que nos transformaram de judeus em israelenses.

    Este notável documento expressava um compromisso:

  ” O Estado de Israel consagrar-se-á ao desenvolvimento deste país, para o beneficio de todo seu povo. Fundar-se-á nos princípios da liberdade, justiça e paz, guiado pelas visões dos profetas de Israel.
   Concederá os direitos de igualdade social e política a todos os cidadãos, sem importar diferenças de crença religiosa, raça ou sexo. Assegurará a liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura”.       Os pais fundadores do Estado de Israel que firmaram a declaração, se comprometeram – em seu nome e no nosso – a “buscar a paz e as boas relações com todos os Estados e povos vizinhos“.

  Hoje pergunto, com profunda aflição: podemos nós, apesar de nossas conquistas, ignorar a intolerável brecha entre o que a declaração da independência prometia e o que cumpriu, a brecha entre a idéia e as realidades de Israel? Ajusta-se a condição de ocupação e dominação sobre outro povo à declaração da independência? Existe algum sentido na independência de uns às expensas dos direitos fundamentais de outros?

  Pode o povo judeu, cuja História é um registro de contínuos sofrimentos e desapiedadas perseguições, permitir-se ser indiferente ante os direitos e os sofrimentos de um povo vizinho? Pode o Estado de Israel permitir-se o sonho irrealizável de buscar um fim ideológico para o conflito em lugar de perseguir um fim pragmático e humanitário, baseado na justiça social?

  Creio, apesar de todas as dificuldades, tanto objetivas como subjetivas, que o futuro de Israel e sua posição na comunidade das nações ilustradas dependerão de nossa habilidade para realizar a promessa dos pais fundadores, tal como eles a canonizaram na declaração da independência.

  Sempre estive convencido de que não existe solução militar para o conflito árabe-judeu, nem moral nem estrategicamente. E já que buscar uma solução é inevitável, me pergunto: porque esperar? Esta é a verdadeira razão pela qual fundei, com meu amigo Edward Said, uma oficina para jovens músicos provenientes de todos os países do Oriente Médio, judeus e árabes. Apesar de que, por ser uma arte, a música não pode comprometer seus princípios – e de que a política, por outro lado, é a arte do compromisso, quando a política transcende os limites da existência presente e ascende à mais alta esfera do possível, ela pode ser acompanhada pela música.

  A música é a arte da imaginação por excelência, uma arte livre de todos os limites impostos pelas palavras, uma arte que toca a profundidade da existência humana, uma arte de sons que atravessa todas as fronteiras.

  Como tal, a música pode levar os sentimentos e a imaginação de israelenses e palestinos para novas e inimaginadas esferas. Portanto, eu decidi doar este prêmio que estou recebendo aos projetos de educação musical em Israel e Ramallah.

  Muito obrigado. ”

                 


                                   
                                                                 SHALOM!!! SHALOM!!!

4 comentários:

  1. Olá, amigo. Primeiramente, gostaria de parabenizá-lo pelo blog, disseminando cultura e arte de maneira simples e ao mesmo tempo, com uma importância digna de admiração. Segundo, gostaria de perguntar como é feita a construção da flauta tripla, dimensão dos orifícios, e distâncias, pois tenho um projeto semelhante.
    Agradeço desde já.

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  2. Olá Amigo, desculpe a demora para responder.
    Você ira encontrar todas as medidas neste site:http://www.ggwhistles.com/howto/, depois é só juntar as flautas como eu fiz.
    Duvidas, me escreva.
    Bons experimentos...

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  3. Parabéns pelo belo trabalho, o som realmente é Divino. Um abraço

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  4. Quais os materiais que utilizou? Muito massa! Parabens!

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