domingo, 1 de dezembro de 2013

MERIMBAU




Merimbau de sucata

  Isto mesmo, eu disse Merimbau e não Berimbau!!!
  Merimbau é um instrumento musical de corda percutida com uma fina baqueta semelhante à um Berimbau, porem com a vantagem de se ter uma escala cromática, como o braço de um violão.
  É claro que eu iria construir usando SUCATAS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



  Sua caixa acústica fiz com madeirite e ripas de estrado de cama encontrado em um lixão...





  Como trastes utilizei frascos de vacina para cachorro, colei com cola de silicone e reforcei usando palitos de fósforo...




Para esticar e afinar a corda fizeste tipo de tarraxa, utilizando roscas sem fim e porcas...


 A ponte fiz esculpindo em um pedaço de madeira, como corda utilizei fio de aço de 35mm, obtendo a nota DÒ...

Também fiz um prendedor para fixar o captador, para amplificar o som...



Fixei alguns sininhos na lateral e como baqueta uso espetinho de churrasco, em sua ponta fixei uma pequena porca, para ficar mais pesada e também para tocar os sininhos...


Também estiquei uma mola em sua lateral com a intensão de usa-la como Reco-Reco...


ATÉ A PRÓXIMA POSTAGEM

"A imaginação é mais importante que o conhecimento"
Albert Einstein.

domingo, 18 de agosto de 2013

CAVAQUINHO de SUCATA

Cavaquinho feito de Bacia. 

     Utilizando uma pequena bacia e peças de sucata confeccionei este Cavaco.


  Sua caixa acústica foi feita de uma pequena bacia...


  Fiz alguns furos na bacia utilizando brocas e lima redonda, para abrir a acústica...



  O braço foi feito com um pedaço de cano de metal...


  O espelho (onde fica os trastes) reutilizei de um cavaquinho quebrado...


  A ponte (parte do instrumento onde passa as cordas) também reutilizei do mesmo cavaquinho, o legal é que esta ponte também é um captador...



  Para tapar a bacia usei um fundo de uma gaveta que encontrei na rua...


  Para fazer a cabeça usei um pedaço de ripa, os furos não tem funcionalidade, apenas estética...


 As tarraxas reutilizei de um velho violão...


Cavaquinho feito de Sucata

George Gurdjieff

   "Através da auto-observação o homem compreende a necessidade de se transformar. E, ao observar-se, ele percebe que a auto-observação, por si só, ocasiona determinadas modificações em seu funcionamento interior. Começa a entender que a auto-observação, constitui instrumento de autotransformação, um meio de despertar. Observando-se, ele lança, por assim dizer, um raio de luz em seu funcionamento interno. E, sob influência dessa luz, o próprio funcionamento começa a modificar-se."
George Gurdjieff


                                                           ATÉ A PRÓXIMA!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Caixa de Som Alternativo

Caixa de som experimental

      Este instrumento não tem a minima pretensão de produzir música, por isto é livre nos caminhos da introspecção e experimentação (Amem!)
   

É composto por diversos componentes (a maioria sucatas)..., à começar por sua caixa acústica feita com restos de madeira, encontrado nas ruas, e seu suporte feito de carretéis...


     
       Nesta parte trabalhei 16 cordas todas afinadas em sol (G), de maneira á repetir a mesma nota hipinoticamente, semelhante ao monocórdio de Pitágoras.




    Utilizei cordas de aço de 0.25mm, prendendo-as à parafusos, e na outra extremidade, parafusos argolados que funcionam como tarraxas, para afinação.



  Também utilizei uma daquelas grades de geladeiras (divisórias), cortando-as de forma a ter uma escala...



   Na mesma base da grade de geladeira, fixei canos para fazer uma espécie de Kalimba (instrumento de origem Africana), utilizando pedaços de serras de aço...
   Também agreguei ao instrumento diversos tipos de sinos...

Um sino grande de campainha...


 

Sinos de relógios despertadores e telefones antigos...


Sino Tibetano, utilizado em cerimônias Budistas.

    E por fim consegui um monte de chaves, que deu um toque sonoro especial, "o som das estrelas"...





                                     

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                                                 Maestro Jorge Antunes...


  Jorge Antunes, Maestro, compositor visionário, inovador, Contestador, "Ativista", precursor da música eletroacústica no brasil...
  Dentro de sua visão, procurou buscar novos caminhos da música e da arte, não isolando-se da questão social...



   Teve início em seus experimentos na década de 50, passando pela ditadura militar e  todas as manifestações revolucionárias e de vanguarda. Sempre buscou a independência e autonomia, na contra-mão da industria mercadológica da Música. Ativista até os dias atuais...
 
Música eletrônica no Brasil, 1975.




http://jorgeantunespsol.blogspot.com.br/
"A vida imita a arte. Por isso eu faço música engajada politicamente, em busca da justiça social."
Jorge Antunes.


         *Obs. Não sou simpatizante do PSOL, ou qualquer outro partido político.
                    João Fernando.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Flauta Tripla

Flauta Tripla
      Utilizando tubos e conecxões de PVC, fiz uma flauta tripla...


   Consiste basicamente de três flautas "whistle" (flauta tradicional dos países Celtas), tocadas ao mesmo tempo...


   As três flautas estão precisamente afinadas em Dó (C4) ligadas entre si por conecxões...


  Quando assoprada o ar se distribui para as três flautas...


  Aflauta do meio fica responsável pela melodia, em quanto as outras pela harmonia, pode-se também manter a mão esquerda digitando na flauta do meio (três furos superiores) e a mão direita digitando nos três furos da flauta da direita, tocando em intervalos harmônicos.



     Também coloquei registros nas flautas laterais, para tocar solo ou fazer combinações, a pombinha comprei em uma loja de artesanato.

     O resultado sonoro é um convite à PAZ...



                                   Esta postagem é em homenagem à DANIEL BARENBOIM.
       
Maestro Daniel Barenboim

   Junto a Edward Said e Bernd Kaufmann, Daniel Barenboim formou  a West-Eastern Divan Orchestra, formada por jovens de diversos países do Oriente Médio , com o objetivo de promover a paz e o diálogo entre Judeus e Árabes.
   Em 2004 Daniel recebeu em Israel o premio Ricardo Wolf pela sua atuação em favor aos direitos humanos e a paz mundial.


      Em seu discurso na entrega da premiação (que fez questão de doar o dinheiro aos projetos de educação musical de Israel e Ramallah) dentro do parlamento Israelense, não agradou nada aos ouvidos da ministra da cultura e dos deputados do partido conservador, porem aplaudido pelos demais representantes do povo.

    Segue abaixo seu sensato e provocador discurso...

  ” Queria expressar a minha profunda gratidão à Fundação Wolf pela grande honra que hoje me está concedendo. Este reconhecimento é não só uma honra, mas também uma fonte de inspiração para minha atividade criativa adicional.

  Foi em 1952, quatro anos depois da declaração da independência de Israel e sendo um garoto de dez anos que, junto com meus pais, cheguei a Israel vindo da Argentina. A declaração da independência foi uma fonte de inspiração para crer naqueles ideais que nos transformaram de judeus em israelenses.

    Este notável documento expressava um compromisso:

  ” O Estado de Israel consagrar-se-á ao desenvolvimento deste país, para o beneficio de todo seu povo. Fundar-se-á nos princípios da liberdade, justiça e paz, guiado pelas visões dos profetas de Israel.
   Concederá os direitos de igualdade social e política a todos os cidadãos, sem importar diferenças de crença religiosa, raça ou sexo. Assegurará a liberdade de religião, consciência, língua, educação e cultura”.       Os pais fundadores do Estado de Israel que firmaram a declaração, se comprometeram – em seu nome e no nosso – a “buscar a paz e as boas relações com todos os Estados e povos vizinhos“.

  Hoje pergunto, com profunda aflição: podemos nós, apesar de nossas conquistas, ignorar a intolerável brecha entre o que a declaração da independência prometia e o que cumpriu, a brecha entre a idéia e as realidades de Israel? Ajusta-se a condição de ocupação e dominação sobre outro povo à declaração da independência? Existe algum sentido na independência de uns às expensas dos direitos fundamentais de outros?

  Pode o povo judeu, cuja História é um registro de contínuos sofrimentos e desapiedadas perseguições, permitir-se ser indiferente ante os direitos e os sofrimentos de um povo vizinho? Pode o Estado de Israel permitir-se o sonho irrealizável de buscar um fim ideológico para o conflito em lugar de perseguir um fim pragmático e humanitário, baseado na justiça social?

  Creio, apesar de todas as dificuldades, tanto objetivas como subjetivas, que o futuro de Israel e sua posição na comunidade das nações ilustradas dependerão de nossa habilidade para realizar a promessa dos pais fundadores, tal como eles a canonizaram na declaração da independência.

  Sempre estive convencido de que não existe solução militar para o conflito árabe-judeu, nem moral nem estrategicamente. E já que buscar uma solução é inevitável, me pergunto: porque esperar? Esta é a verdadeira razão pela qual fundei, com meu amigo Edward Said, uma oficina para jovens músicos provenientes de todos os países do Oriente Médio, judeus e árabes. Apesar de que, por ser uma arte, a música não pode comprometer seus princípios – e de que a política, por outro lado, é a arte do compromisso, quando a política transcende os limites da existência presente e ascende à mais alta esfera do possível, ela pode ser acompanhada pela música.

  A música é a arte da imaginação por excelência, uma arte livre de todos os limites impostos pelas palavras, uma arte que toca a profundidade da existência humana, uma arte de sons que atravessa todas as fronteiras.

  Como tal, a música pode levar os sentimentos e a imaginação de israelenses e palestinos para novas e inimaginadas esferas. Portanto, eu decidi doar este prêmio que estou recebendo aos projetos de educação musical em Israel e Ramallah.

  Muito obrigado. ”

                 


                                   
                                                                 SHALOM!!! SHALOM!!!