Com restos de uma gaveta e outras sucatas desprezadas pela sociedade consumista, fiz o "Gavetocórdio".
Consiste em um instrumento musical cuja caixa acústica é feita de restos de uma gaveta ...
Pode-se dizer que o Gavetocórdio é um instrumento 3 em 1...
Estas serras presas funcionam como uma kalimba Africana...
Ao centro encontra-se um braço velho de violão com três cordas...
E do lado direito encontra-se outro braço, mais comprido, porem proporcional. O fiz utilizando um cano de metal, uma ripa velha e os trastes de raio de roda de bicicleta e palitos de fósforo para reforçar, possui uma única corda...
Esta única corda é afinada por tarraxa reaproveitada ... As molas e sucatas " são pra enfeitar o ganso"
Para se tocar esta parte do Gavetocórdio, basta girar a manivela, que um conjunto de palhetas feitas de garrafas PET tocam freneticamente a corda, como se o tocador dedilhasse a corda muito rápido, como um "andróide"...
E por fim, utilizando propositalmente peças de teclado de computador, deixo a reflexão...
"desautomatizar" : estar desperto as pequenas coisas que se "faz" e "estás" ...
"A educação na superfície da Terra se desenvolveu tendo como base o preparo do individuo para uma sociedade de consumo e competitividade, sufocando a essência espiritual e a criatividade..." Quando me perguntam : qual o exercício, qual o caminho? O exercício é: "ser o melhor possível, acontecendo o que acontecer, sem pensar em você..." Trigueirinho.
Latas de embalagens de panetone e bombons são ótimas caixas acústicas para instrumentos de cordas.
Fiz um furo atravessando a lata para fixar o braço da viola, prendi as duas cordas em parafusos argolados...
Como ponte utilizei um pedaço de madeira, como corda usei fios de aço...
Para afinar as cordas utilizei parafusos argolados, aqueles de prender varal na parede. como cavalete usei uma pequena cantoneira de metal. As cordas estão afinadas em Lá e Sol...
Para os trastes utilizei pregos e fósforos colados com cola madeira...
As distâncias entre as casas copiei das medidas de violão, para marcar as casas usei porcas e parafusos...
"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta."
"Ser normal é meta dos fracassados" Carl Jung.
Didgeridoo é o instrumento de sopro mais antigo do mundo, sua origem vem de datas remotas, presente em pinturas rupestre na Austrália e ainda "vivo" na cultura Aborígene...
Tradicionalmente o didgeridoo é feito apenas por um pedaço de galho ou tronco de madeira (geralmente eucalípito) oco em seu interior, cavado por formigas, porem é possível fazer ótimos didgeridoos utilizando-se canos de PVC...
Segundo a lenda aborígene, em um passado distante, no céu não havia estrelas, as tribos faziam fogueiras para iluminar a escuridão da noite, foi quando ao alimentar o fogo com um tronco de eucalípito oco, um aborígene observou muitas formigas saindo do seu interior... Com muita compaixão das pequenas formigas o aborígene retirou o tronco da fogueira e assoprou em sua extremidade para salva-las, eis então que saiu um belissímo som e as formigas saindo da outra extremidade se transformaram nas estrelas formando o firmamento, desde então o Didgeridoo é considerado como um instrumento sagrado pelos Aborígenes.
FAÇA VOCÊ MESMO SEU DIDGERIDOO!!!!!!!!!!!!!!!!
Você irá precisar apenas de um pedaço de cano de PVC, serra e lixa.
Corte um pedaço de cano de pvc de 130cm de comprimento, este deve ter 1pol. de diâmetro, lixe as bordas e está pronto (muito facíl!!!)
Não existe regras e medidas exatas para se construir didgeridoos, você pode se aventurar pela experimentação. O mais difícil é pegar o jeito da embocadura e mais difícil ainda é conseguir manter a "respiração circular", esta técnica de respiração, muito almejada por músicos de instrumentos de sopro, consiste em manter o som do instrumento por tempo indeterminado e respirar ao mesmo tempo (como diz o ditado: "chupar cana e assoviar ao mesmo tempo"). Basicamente funciona da seguinte forma: à medida que se solta o ar da bochecha se inspira pelo nariz, desta forma a bochecha funciona como um reservatório de ar para alimentar o instrumento enquanto se inspira pelo naríz, a observação desta técnica futuramente deu origem ao fole das gaitas de fole que mantem o som constante Pesquise pela Net como conseguir a embocadura e a respiração circular, procure vídeos, não desista (até eu conseguí!).
Agora vou lhes mostrar o "CHALERIDOO", um didgeridoo que construí com cano de PVC e uma chaleira...
"Chaleridoo"
Em seu bocal, utilizei um redutor, para facilitar a embocadura
A chaleira sem fundo serve como concha acústica, amplificando o som.
Outros Didgeridoos que fiz...
Na confecção deste, queimei o cano com a ajuda de um massarico e após, fui torcendo e destorcendo o cano.
Neste utilizei circuitos de teclados de computador, para ficar com uma estética "cibernética"...
Também se pode experimentar usar diferentes diâmetros de cano e conexões curvas...
Este didgeridoo foi confeccionado com cano de PVC branco, foi queimado, entortado e esculpido.
Outro material muito utilizado também para a confecção de didgeridoos é o bambu...
Estudos demonstraram que a pratica diária de didgeridoo tem efeitos benéficos à saúde tais como a redução de apinéia do sono, diminuição do ronco, fortalecimento do sistema respiratório e diminuição da ansiedade.
Para mim tocar didgeridoo é estar total no presente...
Vem.
Conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes,
sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentos,
sem língua, sem lábios.
Sem abrir a boca,
contemo-nos todos os segredos do mundo,
como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos
que só são capazes de entender
se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.
Já que todos somos um,
falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: “toca”,
se todas as mãos são uma?
Vem, conversemos assim.
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem, se te interessas, posso mostrar-te.
~ Rumi
Este poema de Muḥammad Rūmī expressa o que é Satsang.
Flauta de Harmônicos ou Overtone Flute é um tipo de Flauta muito peculiar, constituída de apenas um bocal e um "corpo" sem buracos para digitação, para toca-la basta apenas soprar com mais ou menos intensidade, tendo também o recurso de tapar a extremidade com as mãos.
A flauta de harmônicos como o próprio nome diz soa sua melodias em intervalos de oitavas, quintas e terceiras, dependendo do fluxo da intensidade de ar projetada em seu bocal. Este tipo de flauta é muito difundida em países do leste Europeu, sendo mais conhecida na Rússia como Kalyuka e Overtone Flute na Ucrânia, é precursora da flauta Fujara.
Deixo aqui como construí e como construir flautas de Harmônicos muito simples e fácil...
Siga o projeto e as instruções à baixo:
Comece pelo bocal...
Utilizando uma tesoura com muito cuidado, precione e gire-a no sentido do corte contra o cano de PVC até atingir um orifício de 1,3cm de diâmetro...
Após ter feito o orifício do bocal, coloque uma rolha na ponta seguindo as medidas do projeto...
Para que sua flauta de Harmônicos fique perfeita utilize um afinador eletrônico, assopre o bocal e vá cortando a ponta da flauta em pequenos pedaços até que se obtenha a nota RÉ(D) ...
Flauta de Harmônicos em comparação de tamanho com a Transversal.
Soprando-se este modelo se tem a nota natural de RÉ (D), aumentando-se a intensidade do ar subiremos uma oitava, ou seja, outra nota RÉ, porem mais aguda. Ao aumentar mais a intensidade teremos a nota LÁ (A) após RÉ (D) e FÁ (F) e assim seguindo a teoria dos Harmônicos...
Agora vou lhes mostrar minhas outras flautas de Harmônicos...
Overtone Flute em PVC texturizado, com embocadura tipo "flauta doce". Esta esta afinada em Dó(c).
A Flauta de Harmônicos e a Jabuticabeira em "estado de Graça".
Outra flauta de Harmônicos em PVC preto com embocadura tipo "flauta doce"...
Flauta de Harmônicos afinada em SI(B).
Flauta de Harmônicos em SI (b) comparada em tamanho com a Transversal.
E por final, minha Flauta de Harmônicos Alternativa...
Esta é constituida por canos e conexões de PVC 3/4 marrom, e peças de sucata...
Seu bocal o fiz tipo "flauta doce", para facilitar o som...
A câmara que antecede o bocal è grande e sinuosa por dois motivos: encurtar a distância da boca do tocador em relação ao final da Flauta, e potencializar a vocalização ante o bocal, funcionando como uma caixa de eco misturando-se a voz do tocador ao timbre da Flauta (recurso muito utilizado e explorado por Ian Anderson do grupo Jethro Tull e por Hermeto Pascoal )
Em sua parte final, criei um sistema para abrir e fechar a extremidade com conexões, peças de sucata e uma colher com EVA (espécie de espuma)...
Ao acionar o mecanismo (geralmente com o dedo anelar direito), se abre a extremidade da flauta mudando-se o tom...
Foi idéia da minha esposa!!!
Esta postagem é em Homenagem à Ana Primavesi, precursora da agroecologia no Brasil, pessoa sincera e consciente muito antes da "moda ecológica"...
Nascida no vilarejo de St.Georgen Ob Judenburg, no sul da Áustria, casou-se com colega de profissão (agrônomo), porem diante as adversidades do pós-guerra europeu, decidiu tentar vida nova no brasil...
Doutora, cientista, referência universitária, não se deixou levar pelo ego acadêmico, manteve uma relação poética com a Terra, desenvolvendo diversos métodos agrícolas em equilíbrio com a VIDA.
"VIVA A MAIS LINDA ESTAÇÃO DO ANO, A PRIMAVESI!!!"
ATÉ A PRÓXIMA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
.jpg)
