Ao rever as peças de ferro-velho e sucatas que recolhi das ruas, criei o "ZÁTRON", um instrumento de cordas dedilhado à manivela ...
Em sua confecção foi utilizado peças de sucata...
Utilizei uma forma de bolo como caixa acústica e um cano de alumíneo como braço.
Seu espelho fiz com um pedaço de ripa, os trastes com raiamento de bicicleta e marquei as casas com arruelas e bolihas de madeiras.
Na parte superior adaptei um pedaço de cabeceira de cama, as tarraxas fiz com parafusos argolados, para esticar e afinar as cordas, e a flor era um broche da minha tia Nena.
Para se tocar o ZÁTRON basta girar a manivela no sentido horário que um conjunto de 16 palhetas tocam rapidamente uma corda dupla de aço, uma afinada em F (Fá) e outra em A (Lá).
Em meio a sucata e ao que é desprezado pela sociedade consumista, é possível encontrar beleza e significados...
A roda maior é uma simples coroa de bicicleta, porem se mudarmos o foco é uma belíssima mandala, seu pentagrama não representa bruxaria e paganismo, mas sim a Escola de Pitágoras, a Música das Esferas e a proporção Áurea.
A segunda mandala é um ralo de banheiro, seus furos aumentando do centro para as extremidades representa o Universo em expansão desde a sua criação, onde se fez o Verbo.
A terceira mandala é um velho ralo de pia, porem seus dois círculos representam "o completo" ou o numero Dose ( 12 horas, 12 meses, 12 Apóstolos de Cristo).
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"Os homens são miseráveis, porque não sabem ver nem entender os bens
que estão ao seu alcance."
Pitágoras.
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